Perceber que os olhos
direcionados para às estrelas,
não é o presente que eles captam,
nem tão pouco o futuro,
mas o passado longínquo;
luzes emitidas
antes da minha existência,
e que por puro acaso,
os meus olhos as captam,
essas mortas viajantes;
em segundos apreendo a morte,
a tantos anos luz.
Apurar a contundência do Nada
de que somos herdeiros,
humano morrer é assustador.
Seriamos o Nada,
mesmo se como estrelas
morrêssemos,
viajando em forma de luz,
no fluxo infinito do universo.
Somos um corpo opaco.
Somos filhos póstumos.
Morrer para o homem,
é uma sentença sem pós.