"Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor". João Guimarães Rosa

02 abril 2005

PEDAÇO DE RETRATO

Não gosto de falar em nada sobre mim, mas vou abrir uma exceção, para dizer um pouco, sobre coisas de que eu gosto. Ou seja, dos meus quatro prazeres terrenos.
A primeira é conversar com o Éder, ou melhor, de ouvi-lo falar, pois ele é completo, de pensamento muito refinado e peculiar, com quem se pode conversar sobre tudo, mesmo de coisas banais. No mundo das idéias, ele é aquele ô Antonico, que faz a massa comer do biscoito fino que fabrica.
A segunda é ler. A leitura é o meu combustível. Considero-a um instrumento capaz de jogar luz na escuridão de nossas vidas e é um alento para a solidão de nosso tempo.
A terceira é o meu cigarro, que hoje venho tragando, através principalmente da televisão, em função de quase não ter tempo para nada: ouvir o que as pessoas estão pensando sobre um monte de coisas. É claro que não ouço qualquer um. Adoro ver entrevistas, palestras, debates, documentários, participar de congressos. Isto é tão sério, que hoje vendo o programa Starte, em que falava de espaços construidos para debater idéias, como a Casa do Saber e a Casa das Rosas, esta criada com o acervo da biblioteca do poeta Haroldo de Campos, em São Paulo, um professor disse que em Paris, existe um espaço em que oferecem 365 palestras no ano, ou seja, uma para cada dia do ano, inclusive no natal. Com certeza para mim, “isto é o paraíso. Quando morrer, quero ir para lá”.
A quarta é Minas, tenho uma verdadeira obsessão por Minas Gerais, acho-a linda, suas montanhas são o meu limite. Não me interessa em quase nada, o que está além delas. Minas é o meu país. Desejo conhecer cada centímetro, dessa minha nação.

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