"Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor". João Guimarães Rosa

19 julho 2006

A BATALHA

Quando levantares tuas armas
contra meu corpo,
não lutarei.
Na nevasca angustiante de Kurosawa,
tu perdeste,
mas comigo tu vencerás.
Contigo não usarei jogar xadrez
em troca de alguns anos.
Ao contrário de Bergman,
entre a vida e a morte
escolherei a morte,
pois viver é morrer um pouco a cada dia.
Tu sempre venceste os que jogam para viver...
Quando enviares o corvo de Allan Poe,
não perderei tempo com indagações ao emissário.
Abrirei a porta e aceitarei a sentença.
De que servirá fazer anamnese
entre meus últimos suspiros,
se de tudo que vier a descobrir
nada levarei?
Se o relógio do meu tempo
perderá os ponteiros?
Se a vida que pulsa no meu corpo
lentamente sucumbirá?

2 comentários:

DBI disse...

Vê-se que há uma construção, ao contrário de (quase) tudo o que se faz na Internet. Não sei se é seu o poema, mas o achei cheio (bela cacofonia!) de clichês que nao funcionavam tão bem no texto.

DBI disse...

Vê-se que há uma construção, ao contrário de (quase) tudo o que se lê na Internet. Não sei se é seu o poema, mas o achei cheio (bela cacofonia!) de clichês que nao funcionavam tão bem no texto.

Gostei mais da breve análise do romance!